ROBERTO DINAMITE E ELÓI EM FIM DE CARREIRA VÃO JOGAR NO CAMPO GRANDE
por Graciano Caseiro
Em 13 de abril de 1954, nasceu em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio de Janeiro, Carlos Roberto de Oliveira. Pelo nome completo, poucos saberão quem é, mas se disser Roberto Dinamite todos saberão.
Com 37 anos e após um Campeonato Brasileiro de 1991, que foi no primeiro semestre, onde o Vasco foi apenas o 11º lugar, o cruzmaltino resolveu reformular o seu elenco e, para isto, promoveu o empréstimo de alguns de seus jogadores. Considerado "velho", Roberto Dinamite entrou na lista de dispensa. Porém, ele teve 10 propostas, mas acabou escolhendo o Campo Grande, pois segundo próprio "gostava de desafios". Maior artilheiro da história do Vasco e um dos maiores ídolos do clube, chegando a até ser presidente, o atacante de chute forte jogou quase toda a sua carreira no cruzmaltino, fora uma ida ao Barcelona, entre 1979 e 1980, e, no fim da carreira, empréstimos para a Portuguesa, em 1989, e Campo Grande, em 1991, tema deste artigo.
Para promover a estreia do grande atacante, e também do meia Elói, o Campo Grande promoveu um amistoso contra a Portuguesa de Desportos, clube que Roberto defendeu em 1989, no Estádio Ítalo Del Cima, em 13 de junho de 1991. Apesar de uma atuação apagada do craque, o Campusca venceu por 2 a 0, o que alegrou os torcedores da equipe.
A estreia do Campeonato Carioca, na Taça Guanabara, foi justamente contra o Vasco, no 4 de agosto, e o Campusca acabou derrotado pelo placar de 1 a 0. Porém, a campanha do Campo Grande foi bem digna no primeiro turno, terminando em quinto lugar, com 12 pontos, apenas atrás dos quatro grandes, a seis do líder Fluminense (vale lembrar que a vitória, na época, valia dois pontos).
Na Taça Rio, o segundo turno, o Campusca recebeu reforços, como Cláudio Adão e Paulo César Gusmão, e aprontou das suas. Logo na estreia, em 7 de outubro, bateu o Vasco, por 2 a 0, no Ítalo Del Cima. Em certo momento, chegou a liderar a competição. Mas na reta final, o time acabou caindo de rendimento e terminou a Taça Rio em quinto, com os mesmos 12 pontos, novamente atrás apenas dos quatro grandes, a cinco do líder Flamengo.
Talvez o menos lembrado dos clubes tradicionais do subúrbio carioca, o Campo Grande viveu o melhor momento de sua história no início dos anos 80. Mesclando jogadores rodados e revelações, o Galo da Zona Oeste levantou a Taça de Prata de 1982, equivalente à segunda divisão nacional, com campanha impecável, obtendo vitórias categóricas (e até goleadas) sobre clubes como Portuguesa, Goiás e América-MG, quase sempre em seu alçapão de Ítalo del Cima. No ano seguinte, faria bom papel na elite do Brasileirão, coroando sua melhor fase.
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