AGROPRATA - Luta pela preservação social
Esta análise do processo de transformação pelo qual estão passando os agricultores do Rio da Prata, cuja literatura classifica como passagem de agricultores denominados "convencionais" para agricultores qualificados como "orgânicos", deslocamento social possível pela interferência de agentes de integração desses agricultores ao mercado de produtos agrícolas. Para tanto, toma os agricultores como agentes inseridos num sistema de relações que perpassa as esferas de produção e circulação. No Brasil, parte dos estudos sobre a unidade familiar de produção está marcada por típologias, ora ressaltando o volume da produção, ora enfatizando a relação de trabalho no interior da unidade produtiva. Os pesquisadores vinculados a esta perspectiva analítica, privilegiam as estruturas internas da produção, visando demonstrar a lógica e a racionalidade da produção familiar. Reduzem o pequeno produtor agrícola a uma posição meramente econômica, ao mesmo tempo que homogeneizante, elidindo as diferenciações sociais por ventura constituitivas das posições destes 22 agricultores associados a Agroprata.
Outros autores, entretando, mesmo enfocando as análises sobre as características específicas da unidade de produção e da unidade familiar, voltam seus interesses para as questões das formas contextuais de integração social do agricultor familiar, condição que, inclusive, permite entender as variações internas, que podem estimular ou limitar as condições de reprodução do produtor familiar. Nesta perspectiva, os agricultores assumem o papel de sujeito referido, pois que em posição de subordinação a outros agentes sociais, detentores de recursos monetários e dos meios produção, de visões de mundo com pretensões à hegemonia.
Fonte: Tese sobre Agricultores Orgânicos do Rio da Prata - Campo Grande - RJ - Brasil
Pedro Fonseca Leal - 2005 - Pós Graduação em Antropologia
Universidade Federal Fluminense - Niterói/RJ/Brasil
Postado por: Graciano Caseiro - Assessor de Imprensa da AGROPRATA
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