PAPO AMIGO ENTREVISTA GABRIEL RICARDO FACRE
Por Graciano Caseiro
1. Qual foi o 'click'
da sua arte que despertou esse talento?
Meu contato com a música
começou desde muito cedo. Meu pai era músico, minha é cantora e desde que eu me
entendo por gente eles estimulavam isso no meu desenvolvimento. Comecei a
cantar aos 6 anos na igreja com meus pais, mas foi aos 13 que compus minha
primeira música por causa de um festival de música na escola. Posso dizer que a
escola também teve papel fundamental no meu desenvolvimento artístico. Foi
participando dos festivais escolares e tendo apoio dos amigos que comecei a
levar a composição um pouco mais a sério. Fiquei um tempo parado, depois
comecei a fazer aulas de teclado e voltei a compor músicas novas. Daí uma coisa
foi levando a outra, até que em 2011 decidi começar a gravar algumas das minhas
músicas em estúdio pela primeira vez. Dois anos depois meu primeiro EP
“Inspiração” estava pronto. Eu sonhava entrar em estúdio, gravar uma criação
minha, mas esse foi só o primeiro passo.
2. Qual o fato ou pessoa que teve mais influência na sua atividade?
Começou
de fato na escola, quando a professora de música decidiu fazer um festival. A
regra era que os alunos compusessem uma música original. Compus pela primeira
vez e o que me motivou naquele e nos anos seguintes foi a reação das pessoas.
De apresentação em apresentação, a galera recebeu muito bem minha música e isso
me motivou a investir e idealizar a ideia de gravar um disco. É muito bacana
ver as pessoas torcendo junto com você pra que tudo dê certo. E a pessoa que
mais me influencia sem dúvida alguma é meu pai. Ele faleceu quando eu tinha 8
anos de idade e boa parte das minhas composições atuais soam como coisas que me
lembram ele. E minha mãe volta e meia diz que meu método de composição e timbre
da voz são muito parecidos com os do meu pai. Me sinto honrado e orgulhoso. Sei
que ele adoraria fazer parte disso tudo.
3. O que você gostaria de ver divulgado, do seu trabalho, nesta entrevista?
Eu
tenho o meu primeiro EP “Inspiração” lançado em setembro de 2013, disponível no
SoundCloud (https://soundcloud.com/gabrielricardofacre1). Como foi meu primeiro
trabalho autoral num estúdio, tem um significado bastante especial! Também
tenho meu canal no YouTube
(https://www.youtube.com/channel/UCm6K9VfeZCHabeRM6NBbE0Q), onde divulgo
algumas das minhas músicas e apresento alguns covers também!
4. Qual é a principal 'mancada' no Brasil, em se tratando de incentivo ao artista?
A maior
mancada, acredito que seja a falta de interesse. Há investimento sim, mas vejo
um investimento bastante limitado. Há dois casos: o artista que surge com uma
canção que explode em todo país e de repente some e por outro lado vejo um
investimento exaustivo em artistas com o mesmo estilo. Na verdade a mídia impõe
muito hoje em dia um padrão musical ao público. Sorte a nossa que hoje temos a
internet cada vez mais em expansão e dialogando muito bem com todos os tipos de
público, e dando o devido espaço para artistas e bandas independentes, seja
qual for o estilo. Nós temos tanta gente boa e de tanto talento, acho que as atuais
condições que as plataformas digitais nos possibilitam hoje é muito essencial.
Deixa aberto um leque de opções pra todos os gostos.E música basicamente é isso: deve ser algo
ilimitado, sem estereótipos pré-definidos e tem que estar ao alcance de todos.
É difícil ser artista neste país? O que
poderia ajudar?
Fazer,
viver de arte no Brasil é muito complicado porque não há o devido incentivo ao
artista. É o meio musical é bastante disputado. O que ajuda a melhorar um pouco
essa perspectiva é a força de vontade que eu vejo que muitos artistas
independentes têm, de correr atrás, de fazer acontecer. Acho muito importante e
bonito esse movimento que vejo os artistas independentes fazerem, mesmo com as
dificuldades, eles seguem em frente. Isso me inspira e me motiva também e
espero que continue motivando todas as pessoas que têm um sonho, a realizá-lo.
5. Conte um pouco sobre carreira e onde deseja chegar.
Depois
que eu lancei meu primeiro EP em 2013 fiquei bastante empolgado em continuar
gravando. Foi uma novidade muito frenética pra mim. De lá pra cá, segui
compondo, criando e tenho no mínimo três projetos musicais diferentes guardados
na gaveta. Dois deles, cheguei a fazer o esboço de algumas músicas em 2014 no
estúdio, mas tive que interromper por achar que talvez não fosse o melhor
momento de fazê-los. E nos últimos quatro anos eu vinha compondo quase que
compulsivamente e o ambiente de estúdio te incentiva muito a isso. Até que no
inicio de 2015 compus algumas faixas novas que resultaram em um novo material.
Terminamos de gravar no final do ano passado e estou me preparando para
lançá-lo agora no primeiro semestre de 2016. É um disco bem animado e diferente
de tudo o que já imaginei fazer até aqui. Foi desafiador. Nesse tempo em que
estou na lida, aprendi a trabalhar minha paciência. Não adianta querermos
apressar as coisas, tudo há seu tempo e temos que aproveitar cada momento. É
justamente disso que o meu novo álbum fala. Tenho em mente apenas passar pras
pessoas uma mensagem positiva através da minha música. Fazer com que de alguma
forma eu seja lembrado e faça a diferença de alguma forma na vida das pessoas.
6. Como um site www.gracianocaseiro.blogspot.com.br pode contribuir para 'os artistas', na sua opinião?
Acho superimportante!!
A arte no geral, no nosso país precisa desse amparo e esse apoio na divulgação
é fundamental. Tenho certeza que esse projeto ainda vai beneficiar muitos
outros artistas. Aproveito o espaço pra agradecer ao Graciano, pelo convite.
Aos meus amigos/parceiros que me apoiam e incentivam minha música, Léo Lima e
Eduardo Rodiney. A todas às pessoas que de alguma forma, já aouviram minha
música e torcem por mim! Muito obrigado!
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