HOMENS SUPERANDO À IGNORÂNCIA

UMA HISTÓRIA DE HOMENS!

Por Graciano Caseiro

A Parábola do bom samaritano se encontra no livro de (Lucas capítulo 10. Versículos 25-37). Vamos saborear esta maravilhosa escritura da Palavra Sagrada.

25. Certa vez, um advogado da Lei levantou-se com o propósito de submeter Jesus à prova e lhe indagou: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna?”

26. Ao que Jesus lhe propôs: “O que está escrito na Lei? Como tu a interpretas?”

27. E ele replicou: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e com toda a tua capacidade intelectual’ e ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’”.

28. Então, Jesus lhe afirmou: “Respondeste corretamente; faze isto e viverás”.

29. Ele, no entanto, insistindo em justificar-se, questionou a Jesus: “Mas, quem é o meu próximo?”

30. Diante do que Jesus lhe responde assim: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó, quando veio a cair nas mãos de alguns assaltantes, os quais, depois de lhe roubarem tudo e o espancarem, fugiram, abandonando-o quase morto.

31. Coincidentemente, descia um sacerdote pela mesma estrada. Assim que viu o homem, passou pelo outro lado.

32. Do mesmo modo agiu um levita; quando chegou ao lugar, observando aquele homem, passou de largo.

33. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, assim que o viu, teve misericórdia dele.

34. Então, aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Em seguida, colocou-o sobre seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele.

35. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe recomendou: ‘Cuida deste homem, e, se alguma despesa tiverdes a mais, eu reembolsarei a ti quando voltar’.

36. Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?”

37. Declarou-lhe o advogado da Lei: “O que teve misericórdia para com ele!” Ao que Jesus lhe exortou: “Vai e procede tu de maneira semelhante”.

(Lucas, 10)

A importância da parábola do bom samaritano para o cristianismo é algo que não dá para calcular. Jesus utilizou um exemplo fantástico para ensinar sobre o segundo mandamento. Ele nos apresenta a essência do que significa amar ao próximo. Quem é o nosso próximo e como devemos tratá-lo.

Por isso, eu lhe estimulo a ler este estudo até o final, pois a compreensão desse tema nos nossos dias possui uma importância sem precedentes na história. Nunca fomos tão exigidos no amor ao próximo. As mazelas sociais, doenças da alma, e o sumiço do afeto natural promovem essa necessidade.

Portanto, leia até o final e aproveite a “viagem”!

O Contexto 

Esta parábola nasceu de um teste. Um perito na lei, quis pôr Jesus a prova quanto a questão do amor ao próximo (Lucas 10.25). O Senhor sabendo quem ele era, lhe pergunta: “O que está escrito na lei?” (vv. 26).

A resposta do perito foi a repetição do primeiro e grande mandamento, o de amar a Deus com todo o seu ser (Lucas 10:27).

A Parábola do bom samaritano (Lucas 10.25-37) é uma história toda feita de homens: o bom samaritano, o sacerdote, o levita, os ladrões e o hospedeiro - além de Jesus, que contou a história, e o intérprete da Lei, para quem ela é contada inicialmente - todos são homens. No centro da história, um homem espancado, caído à beira do caminho, talvez com ferimentos múltiplos, abandonado e arrasado. Não dá para saber que tipo de abuso e violência esse homem sofreu na mão dos ladrões. Nem sabemos quem são os agressores. De repente, chega a ajuda; vem vindo um viajante! Talvez o moribundo tenha acenado, conseguido balbuciar uns “ais” de dor… Mas que nada! Ao sofrimento físico soma-se ainda a indiferença e o desamor de um e depois de outro religioso que passam ao largo! Mas eis que chega a redenção: um desconhecido samaritano, estrangeiro, se aproxima e cuida do homem ferido. Presta os primeiros socorros, passa remédio, levanta ele no colo, leva para o hospital, e ainda paga suas despesas!

AMOR, ESSA COISA TÃO MASCULINA!

Não é curioso que justamente nessa história tão voltada para a prática da misericórdia e do amor, se fale só de homens? Cuidar das feridas, amparar o necessitado e ter compaixão são coisas, afinal, muito mais comumente associadas ao feminino!

Podemos assumir que aqui a Bíblia propositalmente fala só de homens. Assim estaríamos diante de pura profecia da palavra de Deus: são os homens que precisam cuidar dos homens, tocar suas feridas, amá-los e salvá-los do perigo.

Aliás, o mesmo acontece no caso do amor incondicional de Deus contado na Parábola do Filho Pródigo, outra história profeticamente feita só de homens (Lucas 15). De repente, amar vira especialidade dos homens!

Tudo bem que Jesus não trata aqui do amor romântico! Amor ao próximo não é exatamente um sentimento, mas um mandamento - ou será que o samaritano socorreu o homem ferido porque estava “apaixonado” por ele? Jesus mostra que amar não é uma coisa do coração, mas da consciência! Mas é óbvio que, biblicamente, corpo e mente são uma coisa só, e todo amor é coisa do coração e da consciência. De corpo inteiro!

SALVAÇÃO E CURA DOS HOMENS

O homem que já viveu a experiência de cuidar de outro homem sabe o quanto de tabu está envolvido no simples ato de tocar o corpo alheio. Cuidar de alguém adoentado - seu pai ou irmão, por exemplo -, levar ao banheiro, dar banho, talvez trocar as fraldas, envolve superação de travas e preconceitos das partes envolvidas.

Ao mesmo tempo, ao vivenciar a experiência de cuidar de um homem, ganhamos o mundo! Sem nenhum exagero, pode-se dizer que esse ato de cuidar do corpo de um homem nos ensina a ser homem! Aí crescemos em caráter, sensibilidade e dignidade.

Qual é a mágica do cuidado? Talvez seja por causa do contato com a fragilidade e total dependência de alguém igual a nós; talvez seja pelo reconhecimento de capacidades e travas ridículas que descobrimos em nós mesmos nesse momento; talvez seja porque, ao tocar alguém, na verdade aí é que tocamos profundamente a nós mesmos! 

HOMENS SUPERANDO A IGNORÂNCIA!

Quanta coisa o Sacerdote e o Levita perderam, não é mesmo? Quanta coisa se perde entre os homens enclausurados nas intolerâncias, nos preconceitos, nos machismos e egoísmos! Que pena que a história do bom samaritano não chegue mais cedo ao coração de pais e filhos, que tantas vezes perdem a alma e a vida distantes uns dos outros.

O simples gesto de tocar e ser tocado é tabu até mesmo para muitos pais e filhos, que se distanciam quase que obrigatoriamente a partir da adolescência, já não ganham mais colo, nem beijo, nem toque algum, “mal e mal” um abraço torto daqueles de lado… Mais tarde serão acusados de frios e insensíveis por mulheres e homens com quem conviverão. 

Falta ainda mencionar os homens espancadores, esses que somem do texto e passam para a história como os malvados por excelência. Pois esse tipo de homem também precisa de salvação, e a emergência do socorro à vítima não deveria nos desculpar de enfrentar a parte mais dura do mundo masculino ,nossos agressores.

O BOM SAMARITANO É UM EXEMPLO PARA OS HOMENS

Pois o bom samaritano trata disso tudo, e vira um exemplo para todos nós, homens. Agora a salvação é uma questão de corpo e alma! Trata-se de

1. um homem que supera a intolerância e socorre um homem “inimigo” seu (samaritanos e judeus não tinham boas relações);

2. um homem que supera o preconceito e salva um homem pelo simples fato deste estar precisando de ajuda, sem perguntar se ele era um bandido ou um santo, ou se ele merecia ser salvo;

3. um homem que supera o machismo e consegue cuidar das feridas desse homem machucado, tocar-lhe o corpo, passar unguentos, pegá-lo no colo;

4. um homem que supera o egoísmo e exercita a solidariedade; interrompe sua caminhada, muda sua rotina, gasta seu tempo no cuidado, e ainda dá parte do seu dinheiro para pagar as despesas com a hospedagem. 

COMO CONTAR A SUA HISTÓRIA PARA OUTROS HOMENS? 

Se você é líder, animador ou mesmo participante de algum grupo onde tem homens (culto, sindicato, sua família, grupo de jovens, casais…), tente recontar essa história de um modo dinâmico, inclusive buscando construí-la em conjunto. Você vai ver que sempre tem quem dê detalhes que você não percebeu ainda.

A Bicicleta Fantasma

"Respondeu Jesus: 'Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim" ( João 14:6)

Uma vez quando um viajante estava simplesmente se preparando para ir viajar, ele pegou um táxi para o aeroporto para o seu vôo de volta. O nome do motorista de táxi era Tom. Estava apenas conversando, quando ambos passaram por uma "bicicleta fantasma".

Você sabe o que é uma bicicleta fantasma? É uma bicicleta pintada de branco e colocada na beira da estrada para homenagear alguém que morreu ali num acidente de bicicleta.

Ele disse em voz alta: "Isso é tão triste." Tom disse: “Sim. Tive um amigo que foi morto nesta estrada. Muitas pessoas morreram andando de bicicleta nesta rodovia.” Então perguntei: "Tom, o que você acha que acontece depois que morremos?"

Tom me disse que acreditava na reencarnação e que voltaremos como outra forma de vida. Ele continuou explicando isso um pouco. Fiquei ouvindo, não o interrompi. Não o contradisse. Apenas escutei. Então, quando terminou, ele me disse: "Bem, o que você acha que acontece depois que morremos?" Nunca faça uma pergunta como essa para um pregador. A menos que queira um sermão!

Bem, Tom conseguiu um mini-sermão. Eu disse: “Tom, creio que se você colocar a sua fé em Jesus Cristo, irá para o céu. E um dia eu acredito que o Céu voltará à terra e estaremos com Cristo por toda a eternidade.”

Tom disse: “Cara, gosto mais da sua versão da vida após a morte do que da minha.” Eu disse: “Essa não é a minha versão, Tom. Essa é a versão da Bíblia. Isso é o que Jesus disse.”

Tom então disse: "Sabe, é engraçado - minha esposa sempre me chama de Tomé das Dúvidas". Então, contei a ele a história de Tomé na Bíblia. Você se lembra que foi para Tomé que Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”?

Foi uma boa conversa.

Dizer que Jesus é o único caminho para o céu, não é uma coisa muito popular na sociedade de hoje. Mas ouça: você acha que se todas as estradas conduzissem ao mesmo destino e se viver uma boa vida pudesse levá-lo para o Céu, Deus teria derramado o Seu julgamento sobre o Seu próprio Filho amado? Claro que não. Não havia outra maneira de satisfazer as Suas justas exigências. Nem por boas obras, nem por reencarnação, nem por carma, por pensamento positivo ou por qualquer outra coisa. Apenas pela morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Jesus morreu em nosso lugar e ressuscitou dos mortos naquela primeira manhã de Páscoa. Agora temos esperança de uma vida além do túmulo.

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